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JORGE ANDRÉA in Psicologia Espírita

 

Os fenômenos ansiosos como resultado das dificuldades e problemas do dia-a-dia, podem caminhar para a depressão. Este estado reacional modifica o humor com tendência a tristeza.

As depressões podem apresentar-se sob forma de pequenas fadigas, facilmente corrigidas com medicação apropriada. A ajuda do paciente com atitudes psicológicas construtivas, sem lamúrias excessivas, são elementos de valor na volta ao estado normal. O paciente não deve nutrir a ideia de que seu caso é o pior que existe, que é um perseguido pela vida, tendo uma sorte madrasta e que o mundo está sendo injusto para com ele.

[…] O homem moderno necessita compreender o valor da “lei de causa e efeito”, porquanto, o hoje, é resultado do ontem e o amanhã, a semeadura do presente. O homem, em face ao tumulto da vida, qualificada de moderna, facilmente agita-se, criando agitação ao seu redor: no trabalho, nas leituras pouco construtivas, nas horas de diversão e mesmo no momento da alimentação. O slogan: “ninguém tem tempo para nada”, advém das preocupações que geram corrida constante em busca de solução de problemas. Acontece que, com a corrida vem o medo que se torna presente em todas as horas da vida. Com isso, nosso clima interior torna-se atordoante, de modo a não permitir o descanso desejado. Já nos despertamos cansados.

Muitas de nossas atividades, mesmo aquilo que temos como diversão, geram novos cansaços pela insensatez com que as desenvolvemos. A ansiedade é a resposta imediata das distonias, seguindo-se a reação depressiva. Nada acontece sem razão dentro da Lei Universal. Sejamos sensatos no desenvolvimento das nossas atividades. Não podemos atacar a paz da vida, impunemente, porquanto a infração é sempre cobrada. As reações de medo e complexos diversos, quase sempre são respostas de nossas dívidas pretéritas exigindo-nos reconstrução.

Por outro lado, os choques emocionais causados por morte de parentes e amigos, separações injustificáveis, perdas econômicas etc., concorrem grandemente na instalação dos quadros depressivos. A fadiga é o sinal característico que poderá ser acompanhado, a depender do grau reacional, de insônia, mal-estar e inquietude inexplicáveis.

As reações podem ser mais profundas, não entendendo o paciente o porquê do seu cansaço que vai evoluindo, em casos mais sérios, para a tristeza e a melancolia. Nesta posição, vai havendo perda de afetividade pelas atividades habituais, onde tudo parece insípido, sem interesses, seguidos pela perda de apetite e redução das funções vitais. Existem outros sintomas depressivos ligados a doenças mentais, exigindo tratamento médico especializado e que não devem ser confundidos com a reação depressiva de abordagem neste artigo como ocorre, também, com certas depressões dos velhos.

[…] Toda reação depressiva merece estudo, avaliação, tratamento e orientação médica. […] Além do tratamento médico, o indivíduo necessitará de ambiente ajustado e equilibrado, mormente no seio familiar.

[…] A Doutrina Espírita poderá ser o auxiliar de primeira linha, porquanto, além de fornecer conhecimentos e explicar as razões de nossas dificuldades, permitirá, através do passe revigorante, a melhora da casa mental temporariamente desajustada.

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