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A época do Natal exerce magia sobre as pessoas, ao tempo em que mistura fantasia através das decorações natalinas e realidade, quando se prende ao seu significado espiritual.

Mas o que o Natal efetivamente significa?

Cada um de nós interpreta o seu sentido espiritual de forma diferente, segundo seus valores, sua religião, seu passado.

O termo “natal” diz respeito à data ou ao local de nascimento. Quando dizemos “Natal” com o “N” maiúsculo estamos nos referindo à festa religiosa cristã em que se comemora o nascimento do Cristo Jesus.

O que a maioria das pessoas desconhece é que esse evento foi uma criação humana que tinha objetivos outros.

Ao aprofundar no assunto notaremos ter sido uma criação do Catolicismo, inventada pelo Papa Julio I, nos anos 350, para se contrapor à festa pagã da Saturnália, que era celebrada entre os dias 17 e 25 de dezembro.

Não há qualquer registro da data de nascimento de Jesus, nem há qualquer alusão nos Evangelhos de que em determinado dia comemoravam o Seu aniversário. Poucos registros existem sobre o acontecimento e são bem distantes do bebê que nasceu numa manjedoura. Lucas fala em “nasceu numa sala”.  Estudos realizados pelo padre John Meier, referidos por Huberto Rohden, em sua obra O Sermão da Montanha, Editora Martin Claret, pág. 180, comparam a época de Jesus com registros históricos e de governantes daquele tempo e deixam claro que a data criada para o nascimento de Jesus não foi no ano 0 (zero) mas no ano 6º antes disso. Cogita-se mesmo que Jesus teria morrido com idade superior a 33 anos, possivelmente aos 40 anos.  Quanto ao dia do nascimento 25, ou 24 para 25 de dezembro, também nenhum registro confiável, senão a criação do mesmo Papa Júlio I e de seus assistentes.

Independentemente desses conflitos de interpretação dos fragmentos históricos, a tradição prevalece e O homenageado não merece ser esquecido.

A grande importância que o Natal traz à Humanidade é o significado espiritual. A vinda de Jesus à Terra representa o começo de um novo mundo. Profundo conhecedor da alma humana, sabe que seus ensinos serão interpretados por diversos modos, mas, somente uma ordem pode ser igual para todos: o amor de uns para com os outros. Ao influxo do Divino Mestre o homem passa a enxergar os outros homens.

Nessa data mundialmente aceita para reverenciá-Lo, pessoas trocam presentes, se confraternizam e, desenganadamente, muitas se excedem na comida e na bebida, a exemplo do que ocorria nas festas pagãs, origem histórica do Natal.

Eliminando tanto quanto possível esses desvios, e dando-lhe o necessário colorido espiritual, comemoremos o natalício, como recomenda a tradição, mas tomemos tento de que melhor seria se escolhêssemos cada dia de nossa existência para renovação individual, em louvor ao Cristo de Deus, fazendo-O renascer efetivamente em nossas vidas, transformando-os em nossos natais, como se essa transformação pudesse ter o sabor retratado por Paulo de Tarso: “Não sou eu mais quem vivo, é Jesus quem vive em mim”. (Paulo-Gálatas 2:20).

Carlos Alberto

 

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