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(Adaptação – Fábula de Esopo)

“Jamais reter, inutilmente, excessos no guarda-roupa e na despensa, objetos sem uso e reservas financeiras que podem estar em movimento nos serviços assistenciais. Não há bens produtivos em regime de estagnação.”  (André Luiz)

 

Conta-se que certo homem, possuidor de grande fortuna, não fazia uso dos bens que possuía.

Querendo proteger seus bens, vendeu tudo que tinha, transformou numa barra de ouro e escondeu num buraco no chão. Ia sempre lá ver como estava e isto despertou a curiosidade de um dos seus operários que, desconfiando haver ali um tesouro, assim que o patrão virou as costas, foi até lá e roubou a barra.

Quando o avarento voltou e viu o buraco vazio, chorou e arrancou os cabelos.

Mas um vizinho, assistindo a essa extravagante tristeza e sabendo o motivo, disse: “Não te angusties mais, pega uma pedra e coloca-a no mesmo lugar, pensa que é a tua barra de ouro, pois, como não pretendias usá-la nunca, vai lhe servir tão bem quanto a outra.”

O valor do dinheiro não está na sua posse, mas no seu uso.

 

Jovem leitor

Esta pequena e simples história nos alerta para os perigos da avareza.

Avarento é aquele que acumula bens, propriedades, valores monetários, joias, privando-se, muitas vezes, do que lhe é necessário para seu bem-estar, só para não dispor de sua fortuna.

Esse comportamento demonstra o apego exagerado aos bens materiais. Não utiliza o dinheiro para auxiliar alguém em necessidade, e nem para consigo mesmo.

Pois bem, essa era a característica do heroi de nossa história.

Entretanto, sempre chega um dia, em que o que se guarda escondido, vem a ser descoberto. Foi o que aconteceu ao avarento, que mantinha a barra de ouro enterrada sem serventia para ninguém.

De repente, seu vizinho lhe fez ver que aquela barra de ouro desempenhava a mesma função de uma pedra, isto é, não servia para nada.

O apego exagerado às coisas materiais faz com que nos tornemos escravos delas.

Existem muitas formas de apego: aos brinquedos, por exemplo: não deixando que ninguém os toque para que não quebrem, não estraguem, ou, simplesmente porque são seus. Essa atitude desenvolve o egoísmo, que por sua vez, afasta os companheiros de folguedo…

Apego às pessoas, querendo seus amigos só para si, porque se julga “dono” de suas vidas. Isso gera ciúmes, que faz de você uma pessoa insegura, desconfiada e infeliz.

Apego às roupas, que mesmo não lhe servindo mais, não consegue doá-las a quem tem frio ou anda seminu..

E outros tantos apegos, como coleção de figurinhas, de selos, de carrinhos, bonecas, jogos e demais objetos, que guarda sem uso, só para admirá-los, como fazia o homem avarento visitando o lugar onde estava enterrada sua barra de ouro…

Todos os objetos têm o seu valor, que só é verdadeiro pelo uso que se faz deles.

Você que é jovem, atente para essa advertência não se apegando demais às coisas que possui. Dia chegará em que deverá partir da Terra deixando o que supostamente era seu. E muito sofre o Espírito que, ao se ver no Plano Espiritual através do desencarne, sente-se privado das coisas que entendia serem suas para sempre. E o sofrimento será maior quando perceber que os que ficaram, jogarão fora ou darão aos outros, o que guardava com tanto cuidado e veneração.

Jesus ensinou que só é verdadeiramente nosso o que conquistamos em virtudes, como bondade, tolerância, paciência, perdão, humildade, amor ao próximo. Com isso, nosso Espírito brilhará mais do que a barra de ouro do homem avarento.

 

FAÇA UMA LISTA DE QUANTOS TESOUROS POSSUI QUE PODERIAM SER SUBSTITUÍDOS POR UMA PEDRA.

Até o mês que vem!

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