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Com a morte de Jesus teve início o Cristianismo. Desde o dia do anúncio da ressurreição, pela ex-pecadora de Magdala, o tempo passou e a mensagem cristã permaneceu triunfante, junto aos corações sinceros que dela se aproximaram em busca de felicidade e amparo.

[…] A ressurreição de Jesus foi fundamental nesse processo. Como os primeiros cristãos conseguiram enfrentar a morte com destemor e fé? Somente com a certeza da vida imortal, que não cessa com a morte, isso foi possível. As pessoas sensíveis ficavam impressionadas com a postura e a atitude dos cristãos diante da morte, atraindo, assim, novos adeptos.

[…] Entretanto, o marco inicial do longo caminho do Cristianismo aconteceu cinquenta dias após a crucificação. Segundo a cronologia dos fatos, os discípulos permaneceram alguns dias mais em Jerusalém e, depois, retornaram para a Galileia, onde certamente comentaram com o povo os dolorosos acontecimentos que atingiram Jesus e a notícia alegre da ressurreição. Posteriormente, rumaram novamente para Jerusalém. Naquele período o Mestre procurou manter o grupo animado e unido, se apresentando espiritualmente outras onze vezes, incluindo a primeira aparição, numa série de encontros emocionados e visões notáveis.

A festa de Pentecostes, que celebrava o fim da colheita dos cereais da primavera, era comemorada no final de maio, isto é, cerca de cinquenta dias depois da Páscoa. Até a dominação grega, era conhecida como Festa das Semanas, mas a partir daí, ficou conhecida como Pentecostes, que em grego significa “cinquenta”.

Em meados de maio, os discípulos que se encontravam na Galileia, retornaram para Jerusalém. Certa noite, reuniram-se novamente no Cenáculo, onde fora realizada a ceia pascal, ocasião em que o Mestre se apresentaria pela última vez, trazendo a seguinte orientação: “Vós sereis minhas testemunhas. Ficai na cidade até receberdes a força que vem do Alto”.

[…] Assim, ao iniciar a festa de Pentecostes, cerca de cento e vinte discípulos de Jesus reuniram-se no átrio dos gentios do Templo de Jerusalém para um acontecimento que eles não sabiam bem qual seria.

Vencendo o medo, foram em direção ao povo e começaram a falar de uma maneira como jamais haviam feito antes, em diversas línguas, atendendo aos ouvintes das diferentes regiões do mundo Mediterrâneo, de Roma e Babilônia, que acorreram para Jerusalém.

Não sabemos exatamente o que falaram, mas como falaram. Pela mediunidade de xenoglossia (falar em línguas diferentes), a mensagem da ressurreição foi anunciada. […] De repente, alguns asseclas, ligados aos saduceus resolveram perturbar o momento divino, zombando do acontecimento, um fenômeno mediúnico, afirmando que eles haviam bebido vinho doce. Pedro, assumindo a nova condição de pastor, gritou por silêncio e, com o silêncio das manifestações zombeterias, aproveitou para afirmar que o homem crucificado na Páscoa era o Cristo de Deus e, com Ele, cumpriram-se as promessas das Escrituras. Cerca de três mil ouvintes ficaram impressionados com o que testemunharam e ouviram num começo vigoroso da mensagem cristã. E, desde então, o Cristiansmo não parou de ser anunciado e crescer.

 

Frederico G. Kremer – “Jesus de Nazaré”

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