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Em cada cultura vive-se a enfermidade de maneira diferente. Não é a mesma coisa ficar doente na sociedade ocidental de nossos dias ou estar doente na Palestina do século I d.C.

Aqueles camponeses não consideravam seu mal de um ponto de vista médico, mas religioso.

A tragédia dos enfermos não consistia tanto no mal que dilacerava seus corpos quanto na vergonha de sentirem-se sujos e repulsivos.

De acordo com a mentalidade semita, Deus estava na origem da saúde e da enfermidade. Os doentes sofriam de dois problemas e ansiavam libertarem-se um dia de suas enfermidades.

O interesse foi tão grande que, em determinado momento, Jesus preocupado, resolveu exortar as criaturas a buscarem acima de tudo a renovação mental.

O Mestre não veio para curar corpos, e sim Espíritos, embora, como ensina a Doutrina Espírita, a cura do corpo material tem sua origem no Espírito.

Saúde e doença são reflexos da condição perispiritual.

O perispírito ou psicossoma, por sua vez, é reflexo da saúde mental do Espírito.

Assim, quem lesiona o perispírito é a consciência culpada do Espírito.

 

Frederico G. Kremer in Jesus de Nazaré – cap. 7

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