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O materialismo apresenta contradições que nos obrigam a procurar a melhor maneira de altear o coração ao nível do cérebro.

Quantos se imaginam hoje abordando a felicidade em outros planetas sem saberem como descobrir a alegria dentro de casa!

Quantos devassam a intimidade da Natureza sem se dignarem sondar os recessos da própria alma!

O raciocínio avança destemeroso para a luz, mas o sentimento se acomoda na sombra.

Ainda assim, é imperioso fugir ao pessimismo e prosseguir no trabalho da sublimação espiritual

Urge reconhecer que, renteando com nossos irmãos que ainda desconhecedores da própria imortalidade e que se atolam, por isso mesmo, em sinistros enganos, surpreendemos, em todas as latitudes da Terra, companheiros notáveis pela própria formação, que sabem manejar com acerto os recursos do mundo para a glória do Bem Eterno, com esquecimento deles mesmos.

O problema da elevação, porém, é comum a nós todos, uma vez que, se perguntarmos aos nossos irmãos materialistas o que fazem eles da cultura, eles podem indagar, e com razão, o que estamos fazendo nós de proveitoso com a fé.

A verdade é que nós todos – eles e nós outros, os Espíritos religiosos –, em maioria imensa na Terra, somos criaturas endividadas ante as Leis do Universo, com séculos de trabalho pela frente, a fim de aprendermos, não apenas a evoluir, instruídos pela inteligência, mas também a caminhar com o devido aprimoramento no amor para viver com educação.

 

Emmanuel in “Bênção de Paz”

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