Um menino não ia bem na escola.
Uma noite, quando rezava, pediu a Deus para tirar boas notas nas provas.
No dia seguinte, estava mais otimista, mas voltou a tirar uma nota ruim. Mais uma vez pediu a Deus que lhe desse uma chance. Deus continuava sem atendê-lo.
Finalmente, o menino, uma noite, quando rezava, reclamou de Deus:
─ Deus, eu estou rezando todas as noites. Por que não me dá uma chance de tirar uma boa nota?
De repente, ouviu dentro de si a voz de Deus: “Dou, mas, pelo menos estude. Não vou fazer tudo”!
(Adaptação de uma história de Bernard Malamud)
Caro amiguinho!
O que faltou ao menino para que Deus ouvisse a sua prece?
Ora, dirá você, faltou que ele fizesse sua parte, isto é, estudasse…
Esta simples historieta guarda uma grande lição. Não só as crianças, mas os adultos também, costumam pedir a Deus uma infinidade de coisas. Os pedidos variam conforme as necessidades. Se estão doentes, querem a cura do mal; se vão prestar um concurso, querem ser aprovados; se buscam por um emprego, querem ser admitidos, e, se possível, com um alto salário; se vão fazer uma prova, querem boas notas; e a lista de pedidos continua interminável…
Mas, o quê cada um faz para merecer o atendimento de Deus? Fazer, aqui, significa participar, colaborar. O menino de nossa história nunca irá tirar boas notas só porque rezou… É necessário demonstrar o seu esforço no estudo, na aprendizagem, no interesse em realizar tarefas e leituras…
Precisamos entender melhor o que significa rezar.
Quando nos dispomos a conversar com Deus, com Jesus ou mesmo com nossos Protetores Espirituais, o fazemos pelo pensamento, no silêncio de nosso quarto ou de um ambiente agradável.
Nessa hora, antes de pedir, aprendamos a agradecer ao Alto por tudo que recebemos em forma de amparo, proteção, afeto, paciência, amor. Se desejamos receber algo que nos pareça muito importante, nosso pedido deverá sempre estar condicionado à Vontade de Deus, porque só Ele sabe o que é bom ou não para nós. Por exemplo, se Deus houvesse permitido que o menino tirasse boas notas sem estudar, isso seria mau para ele, não o estaria ajudando. O esforço deve partir de quem pede; o auxílio virá conforme o merecimento.
Quando orarmos, sejamos humildes, reconheçamos nossas imperfeições, tais como preguiça, má vontade, orgulho, mentira, fofocas e tantas outras, e peçamos ao Pai para que nos ajude na libertação desses maus comportamentos, esforçando-nos, por nossa vez, para que isso aconteça. Com certeza, Deus ouvirá nossas preces!