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O Dia das Mães é uma das datas mais celebradas no mundo inteiro. As mães têm posição de destaque no imaginário coletivo e há uma boa razão para isso: são a nossa primeira referência de amor, a qual costuma ser reforçada ao longo de nossas vidas.

De modo geral, a mulher passa a viver em função da cria, tão logo a tenha nos braços, seja nascida da carne ou escolhida pelo coração. Inúmeras mães são capazes de dar a vida por seus filhos, se necessário. Para elas, não há filho feio ou mau. Nos presídios, são elas as visitantes mais fiéis. Persistência e esperança marcam as suas ações, a despeito das barreiras e dificuldades.

Ainda assim, não são perfeitas. Como todos os seres encarnados na Terra, também sentem emoções nada nobres em relação a esses filhos a quem são tão devotadas e, sim, esperam por reciprocidade, expectativa própria da raça Humana.

Aliás, a locução adjetiva, amor materno, denota que esse sentimento abnegado é relativo apenas ao filho. Quantas pessoas são capazes de amar outra, da mesma forma e com a mesma intensidade?

Isso ocorre porque o amor de mãe é oriundo do instinto, plantado pela Providência Divina para conservar a espécie Humana, enquanto não somos capazes de amar incondicionalmente ao próximo. O Homem dificilmente conseguiria sobreviver à barbárie dos primeiros milênios de sua existência sem uma guardiã dedicada à proteção e ao cuidado dos filhos. O amor materno representa a maior expressão de caridade atualmente encarnada em nosso planeta.

Considerando isso, em tese, as mães deveriam ter maior facilidade para algo que é esperado de todos: amar ao próximo. Não porque sejam mais capazes do que as outras pessoas – essa afirmativa seria uma falácia, mas porque em cada uma, vive uma pequena porção do que Jesus sentiu pelos Homens. Elas já experimentam por alguém – seus filhos – uma amostra do que há de mais puro a oferecer, a ferramenta capaz de transformar o mundo: o amor incondicional.

Essa centelha Divina recebida pelas mães lhes dá um extraordinário potencial para auxiliar no cultivo do que há de melhor no Homem. Tantas almas carecem da assistência que o amor genuíno proporciona!

Mães, estamos em plena Transição Planetária. Aproveitem esse incrível poder transformador que possuem dentro de si e o estendam a quem está ao seu redor. Encontrem em si o mesmo senso de justiça e de solidariedade ao voltar-se para além de seu próprio lar. Percebam o próximo com o mesmo olhar atento de uma mãe que deseja o bem para o seu filho e ampliem o conceito “ama ao próximo como a ti mesmo[1]. Lembrem-se das lições dos Espíritos, sintetizada por Kardec: Fora da caridade não há salvação[2].

Feliz mês das mães!

Lila

 

[1] Mateus (22:39); cf. Levítico (19:18) e Marcos (12:33).

[2] Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XV, Fora da caridade não há salvação.

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