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“O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Parte dela caiu sobre pedras e, quando germinou, as plantas secaram, porque não havia umidade. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram com ela e sufocaram as plantas. Outra ainda caiu em boa terra. Cresceu e deu boa colheita, a cem por um.” (Lucas 8: 5-1)

Com o esclarecimento da população acerca do Espiritismo, os Centros Espíritas vêm sendo reconhecidos como verdadeiros postos de socorro material e espiritual e escolas da alma[1] que têm por princípio o aprendizado e a vivência do Evangelho de Jesus. Segundo o Espírito Emmanuel, “(…) é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna”[2].

Sua popularização tem inúmeras razões, sendo uma delas, a ausência de discriminação ou julgamento. Percebemo-nos acolhidos nos momentos difíceis e recebemos o encorajamento necessário para persistir no reinventar de nós mesmos.

Através da fé raciocinada, as palestras evangélicas traduzem a bondade de Deus, objetivam mostrar a responsabilidade que cada um tem pelo que planta e ensinam como semear e cultivar um futuro melhor, tomando por base os valores imperecíveis da alma. Cabe ao frequentador escolher o tipo de solo que pretende ser.

Embora a noção de Deus nos seja intuitiva, apenas uma minoria reconhece que a espiritualização é um dos caminhos para a paz interior. Contraditoriamente, as pessoas, em sua maioria, quando em sofrimento, procuram o conforto da religião. Inconscientemente, buscam se religar[3] ao Criador. Em seu íntimo, reconhecem que ouvi-lO é o caminho.

Entretanto, tão logo sintam-se bem novamente, param de frequentar o espaço, sem se darem conta de que esse bem provém justamente da influência benéfica das palavras do Cristo e das bênçãos proporcionadas pela espiritualidade vinculada à Casa. Ainda não entendem que, em nossa atual condição evolutiva e pelas interferências que sofremos ao longo do dia, no trabalho, na escola, no tráfego e mesmo no lar, é fundamental persistir no reforço positivo a fim de promover a elevação da faixa vibratória e, por consequência, sustentar por mais tempo esse bem-estar.[4]

Escolher a espiritualização e iniciar o processo de reforma íntima exige força de vontade, pois as distrações do quotidiano e as companhias espirituais que atraímos tentam nos impedir de perseverar. Mas é necessário insistir!

Aqueles que compreendem esse mecanismo e optam por frequentar as palestras constatam que os ensinamentos do Mestre são, à luz do esclarecimento proporcionado pelo Espiritismo[5], um verdadeiro roteiro de conduta para alcançar a paz interior. Compreendem a importância de saírem da posição de espectadores e passam a protagonistas de suas vidas, atuando na transformação do próprio futuro através de pequenas, mas desafiadoras mudanças de atitude no presente. Estão em verdadeiro processo de reforma íntima.

Neste ponto, a curiosidade pela Doutrina Espírita é caminho natural e muitos optam por frequentar o Curso oferecido pelos Centros Espíritas. O programa oferece ao aluno a oportunidade de compreender melhor os próprios sentimentos, atitudes e seus reflexos sobre quem está à sua volta através do estudo aprofundado de O Evangelho Segundo o Espiritismo e das parábolas de Jesus. Orienta na conduta para com o semelhante e estimula o despertar do amor ao próximo.

A Doutrina Espírita também é foco das aulas: de onde viemos e para onde iremos, explica a nossa alma imortal e como as consequências dos nossos atos nos alcançarão muito além da vida presente. Mostra que, indistintamente, somos inspirados por bons Espíritos e também estamos sujeitos às más influências, pois, em alguma medida, somos todos médiuns, apenas não nos damos conta disso[6]. Nada místico e ou mágico, tudo muito didático, ampliando a consciência em relação a nós mesmos e a tudo o que nos cerca.

O frequentador do Curso entende que tudo obedece à lei de causa e efeito e passa a se empenhar em aplicar em seu dia-a-dia aquilo o que aprendeu nas aulas; assume a responsabilidade pela própria transformação interior e, com a sua mudança de atitude, induz modificações positivas em seu lar e no ambiente de trabalho. Sutilmente, é criado um ciclo virtuoso que se retroalimenta com o bem trazido por essa metamorfose íntima e que acaba por reverberar em todos ao redor. O que mais seria isso, senão a realização da obra que Jesus nos pediu?

Ser Espírita é buscar a consciência de si mesmo. É saber-se imperfeito, mas buscar o domínio das más tendências e o estímulo das virtudes. Mesmo em face da adversidade, é buscar conduzir ativa e persistentemente a vida na direção do bem. É fazer ao próximo apenas o que deseja para si. É buscar incessantemente a luz do Criador e refleti-la para o mundo.

Que buscas? Independentemente de onde viemos, estamos todos destinados à perfeição. O percurso é longo, e será tão mais rápido quando optarmos por caminhar na senda do amor.

Aproveitamos esse momento de reflexão para convidar os nossos leitores e leitoras a se informarem sobre os Cursos gratuitos ministrados por esta Casa, que terão início em março de 2020. As matrículas estão abertas. Leia mais em https://centroespiritacaminhodapaz.com.br/cursos.

Lila

 

[1]Da Função do Centro Espírita”, 1.2.2 e 1.2.3, CFN, da FEB, Ed 1988.

[2] Mensagem psicografada em 10/04/50, em Pedro Leopoldo (MG) por Francisco C. Xavier, contida no texto Da Função do Centro Espírita, 1.1.1.

[3] Religião, palavra oriunda do latim religare, que significa religar.

[4] Ressaltamos que todos os locais que pregam o amor ao próximo, independentemente da religião, oferecem condições ao frequentador de sustentar esse bem-estar. A nossa recomendação pela persistência na frequência é no sentido de possibilitar o estudo e a prática do Evangelho e de receber a influência dos bons Espíritos – eles estão em todos os lugares, não só nos Centros Espíritas.

[5] O Evangelho Segundo o Espiritismo – ditado pelos Espíritos e compilado por Allan Kardec em 1857.

[6] Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns, Cap 14.

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