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Além do salário amoedado, o trabalho se faz invariavelmente seguido de remuneração espiritual, da qual salientamos alguns itens mais significativos:

  • acende a luz da experiência;
  • ensina-nos a conhecer as dificuldades e problemas do próximo, induzindo-nos, por isso mesmo, a respeitá-lo;
  • provê a autoeducação;
  • desenvolve criatividade e noção de valor do tempo;
  • imuniza contra os perigos da aventura e do tédio;
  • estabelece apreço em nossa área de ação;
  • dilata o entendimento;
  • amplia-nos o campo das relações afetivas; atrai simpatia e colaboração;
  • extingue, a pouco e pouco, as tendências inferiores que ainda estejamos trazendo de existências passadas.

Quando o trabalho, porém, se transforma em prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato, para a execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as Leis de Causa e Efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado. E quando ocorre, em momento oportuno, o nosso contato indispensável com os mecanismos da justiça terrena, eis que a influência de todos aqueles a quem, porventura, tenhamos prestado algum benefício aparece em nosso auxílio, já que semelhantes companheiros se convertem espontaneamente em advogados naturais de nossa causa, amenizando as penalidades em que estejamos incursos ou suprimindo-as, de todo, se já tivermos resgatado em amor aquilo que devíamos em provação ou sofrimento, para a retificação e tranquilidade em nós mesmos.

Reflitamos nisso e concluamos que trabalhar e servir, em qualquer parte, ser-no-ão sempre apoio constante e promoção à Vida Melhor.

 

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