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Certo dia, um velho e sábio mestre viajou de uma cidade a outra, junto com alguns de seus alunos. Ao longo do caminho, eles pararam para descansar perto de um rio.

O mestre dirigiu-se a um dos alunos e disse: “Estou com sede, você poderia me trazer um pouco de água?”

O aluno, obediente foi até o rio.

Ao chegar, ele notou que havia lá pessoas lavando roupa e uma carroça atravessando o rio, com as patas dos cavalos levantando a lama e sujando a água.

“Como posso permitir que meu mestre beba essa água barrenta?”, pensou consigo mesmo. Ele voltou onde estava o mestre e lhe disse que a água estava embarrada e que seria melhor não bebê-la.

Mais tarde, novamente o professor chamou o aluno e pediu-lhe água. Obedientemente o aluno retornou ao rio.

Para sua surpresa, desta vez, ele encontrou a água limpa e clara! A lama havia assentado e a água estava, novamente, boa o suficiente para beber. Ele encheu uma jarra e a levou ao mestre.

O mestre olhou a água, olhou de volta para o aluno e disse: “Veja o que você fez para deixar a água limpa: você a deixou acalmar-se, a lama sedimentou-se por si mesma e a água ficou clara.

Assim é com a nossa mente. Quando ela está confusa e perturbada, precisamos deixá-la em paz, e para isso, basta dar um tempo para as coisas se acalmarem e assentarem. Acontece naturalmente.

 

(Autor Desconhecido)

 

Amiguinho leitor

Neste mês de julho apresentamos uma história que nos ensina o valor da calma, paciência e saber esperar.

Como vimos, na primeira vez que o menino dirigiu-se ao rio para buscar água para seu mestre, não o pôde fazer porque o rio achava-se enlameado pelas patas dos cavalos que atravessavam aquele trecho, fazendo vir à tona o barro depositado no fundo das águas. Foi necessário deixar que as águas se acalmassem assentando novamente o barro. Só assim se poderia beber dela.

Esse fato nos faz pensar, comparativamente, como devemos agir quando tudo à nossa volta está agitado, confuso, perturbado.

Você já reparou que, no momento em que se desentende com um colega, seja por um brinquedo, por uma opinião, por uma brincadeira de mau gosto, ambos começam a se ferir com palavras ásperas alteando o tom de voz, podendo muitas vezes chegar às agressões físicas? Isso por quê? Simplesmente porque ambos querem ter razão e não esperam o tempo necessário para refletirem sobre o assunto e resolverem a questão de modo amigável.

Quando estamos com raiva ou nos achamos injustiçados, esbravejamos tanto que mais parecemos as águas agitadas do rio enlameado pelas patas dos cavalos. Nesse estado de agitação emocional nossa cabeça não consegue refletir nem analisar os fatos. Para isso é preciso voltar ao estado de calmaria, quando então veremos que a ofensa não foi tão grave assim, e não vale a pena perder uma amizade por bobagem.

Se algo nos magoa ou fere profundamente, diz a sabedoria popular que não devemos tomar atitudes precipitadas, nem responder ao outro quando estamos de “cabeça quente”; primeiro deixemos “baixar a poeira”, pois assim enxergaremos melhor.

“A nossa mente é como se fosse um lago. Se as águas estão calmas, a luz celeste pode refletir-se nele. Mas, se as águas estiverem revoltas, as imagens se perdem nas ondas agitadas, principalmente quando o lodo acumulado no fundo aparece à superfície…” (1)

Se você é do tipo impulsivo, comece desde já a realizar sua transformação interior. Estude O Evangelho de Jesus e encontrará ali lições que muito o ajudarão a conquistar os valores eternos da alma.

 

  • Ação e Reação – cap. 2 – André Luiz, psicografia de F.C.Xavier – comentário do instrutor Druso.

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