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A Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta ao mundo a alarmante constatação de que, neste momento, ultrapassa 50 milhões o número de pessoas refugiadas, provindas dos mais inimagináveis dramas pessoais e sociais. O maior montante de seres humanos em busca de refúgio, desde a Segunda Guerra Mundial, é também um quantitativo, sem dúvida, constrangedor para todos nós, em que as claridades do Evangelho já começaram a alumiar o coração, porque a cobrança, oriunda desse cenário, abala-nos incontinenti a consciência, a nos questionar o que é que temos feito, onde é que temos andado, o que é que temos efetivamente projetado e construído para minorar o sofrimento, muita vez excruciante, dos nossos irmãos em Humanidade.

[…] Se não conseguirmos dar abrigo no território do nosso coração aos 50 milhões ora refugiados do planeta, sejamos, ao menos, asilo a todo ser humano que, ao nosso lado, angustiar-se, desestruturar-se e debater-se em dores e lamentos. Que o calor do nosso abraço não se faça átono nem se estiole, neste momento. Amorterapia é do que o mundo precisa, alerta-nos Joanna de Ângelis.

Nesse contexto, que nossa voz não esteja muda, na hora do consolo a quem necessita. Que também nossas mãos não se quedem inertes, no instante que clama por trabalho.

O ranger de dentes na Terra, nestes tempos hodiernos, traduz-se por carência afetiva emergencial, em todos os lados. Não imobilizemos, pois, nossos braços, especialmente nós, os espíritas da Nova Era. Que sejamos tabernáculos vivos do Cristo na Terra, células valiosas do orbe, onde, em verdade, “Ninguém suporta mais o desamor”.

[…] Que nosso abraço seja o abrigo seguro a todo irmão que carecer de afeto, de amparo, de sustentação, que nossas convicções sejam reduto de certeza e fé a todo companheiro de jornada terrena em quem a aflição desoladora se pronunciar.

 

Patrícia Carvalho Saraiva Mendes – Reformador / jan/ 2019 (excertos)

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