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Silêncio é atitude necessária e importante em nossas vidas.

Entendido como ausência ou cessação de barulho, ruído ou inquietação, o silêncio promove a paz de espírito.

O barulho excessivo gradativamente causa déficit de atenção e estresse no indivíduo que, sem se dar conta, vai ficando cada vez mais irritadiço. Pequenos gestos denotam o descontrole emocional à medida que o grau de estresse vai aumentando. Como decorrência, enfermidades podem surgir, sinalizando que o corpo precisa de descanso e recuperação.

A vertiginosa velocidade com que tudo acontece na atualidade também pode ser motivo para o desassossego, conduzindo ao desequilíbrio psíquico, caso providências preventivas não sejam adotadas.

A experiência física é repleta de provas e expiações que apontam nossas grandes necessidades e, ainda, os parcos merecimentos que temos diante da Lei Divina. Há situações das quais não podemos escapar, por injunções cármicas, que independem da nossa vontade. A maioria dos tormentos, entretanto, conforme nos ensina O Evangelho segundo o Espiritismo, é causada por nós mesmos, seja por negligência, ignorância ou insensatez.

Cada vez mais comum tem sido a inquietação íntima que produz mal-estar, insatisfação, vazio existencial, depressão, obsessão…

Os trabalhadores do Cristo ao longo do tempo foram convocados à prestação do testemunho pessoal, cujo início invariavelmente ocorria pela busca e permanência temporária no “deserto”. Era a solidão íntima propiciadora da realização de uma viagem interior de autodescobrimento, quando o discípulo revisitava as fraquezas e fortalezas guardadas nos refolhos de seu coração.

Todos os que atravessaram esses caminhos não o fizeram sem dor, abençoada companheira dos momentos árduos de aprendizado, mas que burilam o Espírito em sua trajetória evolutiva, preparando-o para novos desafios.

Hoje, apesar das mudanças provocadas pelo tempo, muita coisa continua como era antes. Sobretudo as nossas necessidades, que prosseguem solicitando atendimento.

Na intimidade do ser, no ambiente doméstico, na convivência social e no desenvolvimento das atividades espirituais, busquemos o silêncio ativo que nos faculta a sintonia com os planos superiores da vida imortal.

Ante as contrariedades das relações humanas, recorramos à salutar advertência de Meimei, pela abençoada psicografia do cândido Chico Xavier; “O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo”.

Recordemos, também, a conhecida definição inscrita comumente nos centros espíritas, em seus salões de palestras públicas ou de reuniões mediúnicas: “Silêncio é prece”.

Por intermédio da oração, estamos mais próximos de Deus.

 

Geraldo Campetti Sobrinho

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