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Uma ponte estreita, sobre um caudaloso rio, ligava duas montanhas. Em cada uma das montanhas vivia uma cabra. Às vezes, a cabra da montanha ocidental atravessava a ponte para ir pastar na montanha oriental. A mesma coisa acontecia com a cabra da montanha oriental. Ela também atravessava a ponte para ir pastar na montanha ocidental.

Mas, um dia, as duas cabras coincidiram e começaram a atravessar a ponte ao mesmo tempo.

Encontraram-se no meio da ponte. Nenhuma queria ceder passagem à outra.

─ Saia da frente! ─ gritou a Cabra Ocidental. Estou atravessando a ponte.

─ Saia você da frente! ─ berrou a Cabra Oriental. Quem está atravessando sou eu!

Como nenhuma delas queria recuar e nenhuma delas podia avançar, ficaram enfurecidas durante algum tempo. Finalmente, entrelaçaram os chifres e começaram a se empurrar. Eram tão semelhantes em força que o único que conseguiram foi cair da ponte ao rio.

Molhadas e furiosas saíram do rio e subiram a encosta, cada uma a caminho de sua montanha, murmurando para si:

─ Vejam só o que a teimosia dela provocou.

 

Pequeno leitor

As fábulas são pequenas histórias contendo lições morais, em que animais agem como se fossem seres humanos.

Trouxemos para este mês uma antiga fábula de Esopo, que muito nos ajudará no aprendizado sobre nós mesmos.

Antes de mais nada vale lembrar que Esopo foi um escravo de grande inteligência que viveu na Grécia, provavelmente no século VI a.C..

Veja você: vivendo tanto tempo antes da vinda de Cristo, já ensinava lição de moral que, mais tarde, o Mestre Jesus viria disseminar por toda a Terra.

Percebemos pelo desenrolar da história, que a característica mais forte das duas cabrinhas era o orgulho.

O orgulho é aquele sentimento que faz com que tenhamos uma profunda admiração por nós próprios, ou seja, somos os mais espertos, nossas escolhas são as mais acertadas, nossas opiniões é que são verdadeiras, enfim, não abrimos espaço para o outro.

Basta que um amigo pense de forma diferente da nossa sobre um assunto qualquer, para que se esfrie a amizade, chegando mesmo a se romper antigos laços de afeto.

O caso das duas cabras revela o quanto ambas se consideravam importantes, motivo pelo qual nenhuma cedia ao orgulho que as dominava. A humildade passava longe dessas duas companheiras.

Bastaria que uma retrocedesse no caminho, dando lugar a que a outra passasse… Preferiram cair no rio.

Amiguinhos, na convivência diária com seus colegas de escola, entre os amigos da vizinhança ou parentes, não se prendam em teimosia diante de uma situação qualquer.

Aquele que primeiro demonstrar humildade, evitando brigas e dissabores é bem-visto aos olhos do Mestre Jesus, pois revela um caráter nobre, pacífico, que põe em prática a tolerância, a compreensão, o amor; virtudes que embelezam o Espírito.

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