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Vivemos um período de grandes facilidades de comunicação, como a internet, as redes sociais e diversas ferramentas proporcionadas pela tecnologia da informação, propiciando que se publiquem mensagens, textos diversos e mesmo livros com relativa tranquilidade. Diante disso, que caracteriza os tempos atuais, temos assistido à publicação e divulgação de muito material com o rótulo espírita, mas que diante de uma análise mais séria, mais criteriosa, tanto do ponto de vista literário, quanto do ponto de vista doutrinário, não pode, de fato, ser considerado como espírita, como legítimo representante do Espiritismo. É um assunto muito sério, pois quando divulgamos algo que até mesmo se opõe aos princípios que formam a Doutrina Espírita, estamos prestando um desserviço, estamos propagando uma mentira que depois será difícil de corrigir pela divulgação da verdade.

Temos observado por parte de muitos autores desencarnados, médiuns, autores encarnados e editores, um distanciamento dos critérios propostos por Allan Kardec para análise de todo e qualquer texto de origem humana, que se intitule como espírita.

O Codificador nos apresenta esses critérios nas chamadas obras da Codificação Espírita, e que são os seguintes: 1. Bom senso; 2. Lógica; 3. Razão e 4. Universalidade do ensino dos Espíritos.

Temos recebido livros ditos espíritas que estão mal escritos, ou seja, são literalmente pobres, assim como outros com erros doutrinários flagrantes. Tanto num como noutro caso, se os critérios kardequianos tivessem sido exercidos, por certo tais livros não seriam publicados.

A questão vai ainda mais longe, pois não se refere apenas aos livros, sejam eles impressos ou digitais, pois abrange a internet com as redes sociais, em que muitos espíritas e simpatizantes do Espiritismo publicam à vontade o que bem entendem, igualmente sem a utilização dos critérios tão sabiamente propostos por Kardec. Naturalmente reconhecemos o direito que todos temos da livre expressão, mas se aquilo que escrevemos e publicamos é em nome do Espiritismo, os princípios da Doutrina devem ser observados criteriosamente, sob pena de estarmos passando, em nome do Espiritismo, informações que não estão de acordo com a própria Doutrina.

Marcus de Mario – Reformador / Abril 2018 (Excerto)

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