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No museu de fama internacional, o piso totalmente coberto por belíssimos azulejos de mármore recebia as visitas todos os dias, especialmente para admirarem uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada.

Pessoas do mundo inteiro vinham admirá-la. Os mais entendidos se detinham a observar a perfeição dos seus traços. Os românticos falavam da suavidade das linhas, mas todos, sem exceção, elogiavam a sua beleza.

Certa noite, os pisos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua:

Estátua, isso não está certo. Absolutamente, não! As pessoas vêm, pisam e pisam em nós só para admirar você. Ninguém olha para nós e muito menos se dá conta de que também temos a nossa beleza. Isso não é justo.

Meu querido amigo, piso de mármore, você ainda se lembra de quando eu e você estávamos na mesma caverna? Perguntou a estátua.

Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! – Chorou, novamente, o piso.

A estátua continuou a explicar:

Então, você ainda se lembra do dia em que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?

Sim, claro que me lembro. Odiei aquele sujeito! Como pôde ele usar aquelas ferramentas em mim? Doeu demais!

Isso é certo! Ele não pôde trabalhar nada em você, porque você resistiu à sua ação.

Quando ele desistiu de você, veio para mim. Eu era um bloco de mármore sem forma.

Em vez de resistir como você, imediatamente soube que ele me tornaria algo diferente. Não resisti. Aguentei todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.

O piso resmungou alguma coisa e a estátua concluiu:

Meu amigo, há um preço para tudo na vida. Nem sempre é fácil. Às vezes é muito difícil e doloroso.

Mas temos que aprender a suportar os sofrimentos, procurando crescer para nos transformar em algo mais belo.

(Autor Desconhecido)

 

Pequeno leitor

 

Observe o grande ensinamento que a história deste mês nos traz.

Quase sempre costumamos agir como o piso de mármore, isto é, resistimos e nos revoltamos contra tudo que signifique disciplina, ordem, sacrifício.

Preferimos coisas fáceis que não exijam esforço, nem perseverança.

Entretanto, para que possamos educar o nosso Espírito é importante que aceitemos a dor, que nos dobremos à disciplina e obedeçamos à ordem.

Podemos comparar o cinzel e todas as ferramentas que o escultor usa na elaboração da estátua, aos conselhos que recebemos das pessoas mais experientes, às exigências de nossos pais, professores e chefias que, em verdade só desejam que nos tornemos criaturas melhores, produzindo o bem.

O Espírito para evoluir necessita dessas “ferramentas” que lhe direcionam as energias impulsionando-o ao aperfeiçoamento. Pense nisso.

 

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