O garoto, de apenas oito anos de idade, chega feliz da festa de aniversário do seu melhor amigo e vai contar as novidades para sua mãe.
Com toda a espontaneidade de uma criança fala das brincadeiras, dos amigos que estavam presentes, de como havia se divertido e, o que é mais importante, conta uma de suas atitudes, que deixa a mãe com lágrimas nos olhos, pela sua grandeza.
Diz ele que, em determinado momento, procura a mãe do aniversariante para pegar uma ficha e jogar videogame, que era uma das brincadeiras proporcionadas na festa.
Tia, o que é preciso para ganhar uma ficha e brincar no videogame?
Ah!, é preciso jogar boliche pelo menos cinco minutos, depois ganha a ficha. Mas você não precisa fazer isso, pois é o melhor amigo de meu filho. Tome a ficha. Pode brincar.
Não, tia, eu vou jogar boliche depois venho pegar a ficha como todos os meus amigos.
A mãe do amigo tentou entregar-lhe a ficha mas ele já estava longe, correndo na direção dos demais garotos que estavam jogando boliche para adquirir direito ao videogame.
A mãezinha, emocionada, perguntou por que ele não aceitou a oferta e ele respondeu simplesmente:
Eu não quero ser diferente dos outros. Isso não é justo.
Naquele momento, a mãe se deu conta da importância da educação para a construção de um mundo mais justo e mais humano.
Parabenizou o filho pela grandeza da sua atitude, pois ele havia sacrificado um interesse pessoal por amor à justiça.
(Autor desconhecido)
Pequeno leitor
A história deste mês levará muitas pessoas a pensarem que o garoto foi um tolo, que deixou escapar uma chance de levar vantagem.
“Levar vantagem” é um hábito que vem se desenvolvendo cada vez mais no mundo de hoje, e de tal forma, que a justiça não é mais levada em conta como deveria por grande parte da população; por isso, sempre ouvimos dizer que o mundo está perdido…
Mas, para quem tem olhos de ver, perceberá que esse mundo tem jeito, pois, quando esse garoto crescer, agirá de forma diferente da de muitos adultos de hoje, e ajudará na construção de uma sociedade mais justa.
O nosso herói, de apenas oito anos, deu um exemplo de verdadeira justiça, não levando em conta o seu interesse, e sim, a justiça, de forma imparcial.
E você, tem agido com imparcialidade quando se trata de justiça?
Se lhe oferecem uma chance de passar à frente de alguém, você aceita ou diz que não é justo?
E se você é o funcionário e lhe oferecem benefícios para desconsiderar a fila de espera, você concorda?
Se há um congestionamento no trânsito, você dá um jeitinho de passar à frente de todos os demais deixando os outros para trás?
Jesus afirmou que serão bem-aventurados os que têm sede de justiça, mas somente tem sede de justiça quem a respeita integralmente.
Por essa razão vale a pena que pensemos muito bem antes de erguermos a voz para pedir justiça.
A Justiça Divina não usa de pesos e medidas diferentes para julgar nossos atos.
Deus sempre leva em conta a intenção e o grau evolutivo das criaturas, jamais a posição social ou as posses materiais.
É preciso pensar em justiça nesses moldes, para que não venhamos a nos arrepender mais tarde.
RESPONDA COM SINCERIDADE:
O que você faria se estivesse no lugar do menino desta história?