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Redação do Momento Espírita

Declinava o dia e as sombras da noite se avizinhavam. Na casa, as luzes foram acesas.

Retornando das atividades profissionais, a mãe, envolvida em preparar o jantar, atender a pequena que chegara da escola, ia de um lado a outro, a fim de que tudo ficasse pronto, no tempo devido.

A garota de cinco anos foi até a cozinha. Afinal, depois de ficar distante da mãe tantas horas, desejava estar com ela.

Sentou-se à mesa e ficou observando. Então, de repente, exclamou:

Nossa, mãe, eu vi um vulto preto enorme atrás de você.

A senhora se assustou: Vulto preto, enorme, atrás de mim? Meu Deus, o que será que minha filha está vendo?

Pela sua memória, repassou os últimos minutos de relance.

Teria se alterado? Por que estaria atraindo para o seu lar algo ruim?

Um Espírito mau a estaria acompanhando? Sua casa estaria à mercê de Espíritos de qualidade inferior?

Tentou acalmar os próprios pensamentos e, numa tentativa de tranquilizar a filha, a fim de que não se apavorasse, indagou: Como era esse vulto grande, filha?

Ah, ele era preto, grandão, e ficava se mexendo atrás de você.

Então, a mãe olhou para a parede e viu a sua sombra projetada. Era escura e proporcionalmente maior do que sua própria estatura.

Sossegou a alma e explicou: Filhinha, é a sombra da mamãe.

Está vendo? Eu levanto o braço, a sombra levanta. Eu ando, a sombra me acompanha.

E fez diversas brincadeiras, que levaram ambas a rir de forma descontraída.

 

Pequeno leitor

Você já sentiu medo alguma vez?

Claro que sim, não é?! Todos nós já sentimos um dia, algum tipo de medo… Resta saber se o medo tinha alguma razão de ser, como por exemplo, a aproximação de um animal feroz, a presença de um ladrão armado na loja em que estávamos, ou se o medo provinha da nossa imaginação, de informações que chegaram até nós, enfim, de situações que fogem da realidade.

A história deste mês é um exemplo disso.

A observação que a criança fez à sua mãe, foi o suficiente para que ela, mãe, começasse a imaginar coisas… O que poderia ser aquele “vulto preto enorme” que a filha vira atrás dela? A senhora, então, começou a pensar que, de alguma forma estaria atraindo coisa ruim para seu lar. Será que algum Espírito mau a estava acompanhando? O medo, então, tomou conta dela, até que, voltando-se, percebeu que se tratava de sua própria sombra. Isso é o que chamamos medo infundado.

No nosso dia a dia fatos como esse acontecem. Uma palavra, uma bservação de alguém, até de uma criança, pode nos levar ao desassossego.

Antes de pensar bobagens, verifiquemos o que é real dentro da informação que nos chega. Não podemos nos deixar envolver por medos tolos e sem razão alguma.

Lembremo-nos sempre de que, se nos encontramos no caminho do bem, buscando realizar o melhor, sempre teremos à nossa volta, os Espíritos do bem.

Deus sempre nos ampara através dos Mensageiros de Luz, dos Anjos de Guarda, dos Espíritos Amigos que nos acompanham os passos na jornada terrena.

Tenhamos a certeza de que, se realizamos o bem, somente teremos boas companhias espirituais. Pensemos nisso e não nos deixemos afetar por medos infundados. Deus está conosco.

Até o mês que vem!

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