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(Irmão X in Lázaro Redivivo – psicog. F.C.Xavier))

 

Quando Jesus ressurgiu do túmulo, a negação e a dúvida imperavam no círculo dos companheiros.

Voltaria Ele? Perguntavam perplexos.

Todos os companheiros, aprendizes, seguidores e beneficiários solicitaram a presença dos sentidos físicos para sentir a presença do divino ressuscitado.

Utilizaram-se dos olhos mortais, manejaram o tato, aguçaram os ouvidos…

Houve, contudo, alguém que dispensou todos os toques e associações mentais, vozes e visões.

Foi Maria, sua divina mãe.

O filho bem-amado vivia eternamente, no infinito mundo de seu coração. Seu olhar contemplava-O, através de todas as estrelas do Céu e encontrava-Lhe o hálito perfumado em todas as flores da Terra. A voz dele vibrava em sua alma e para compreender-Lhe a sobrevivência bastava penetrar o iluminado santuário de si mesma – seu amor e sua vida – poderia acaso morrer?

E embora a saudade angustiosa, consagrou-se à fé no reencontro espiritual, no plano divino, sem lágrima, sem sombras e sem morte.

Homens e mulheres do mundo, que haveis de afrontar, um dia, a esfinge do sepulcro, é possível que estejais esquecidos plenamente, no dia imediato ao de vossa partida, a caminho do mais além.

Mas, se tiverdes um coração de mãe pulsando na Terra, regozijar-vos-ei, além da escura fronteira de cinzas, porque aí vivereis amados e felizes para sempre.

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