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Por: Reinilson Câmara

Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e muitos outros, inclusive o Amor.

Um dia, foi avisado aos moradores, que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha.
Pegaram seus barcos e partiram. Mas o Amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse:
─ Riqueza, leve-me com você.
─ Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.
Ele pediu ajuda à Vaidade, que também vinha passando.
─ Vaidade, por favor, me ajude.
─ Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo.
Então, o Amor pediu ajuda à Tristeza.
─ Tristeza, leve-me com você.
─ Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha.
Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o Amor chamá-la.
Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:
─ Vem Amor, eu levo você!
Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar o nome dele. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou à Sabedoria:
─ Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
A Sabedoria respondeu:
─ Era o TEMPO.
─ O Tempo? Mas por que só o Tempo me trouxe?
─ Porque só o Tempo é capaz de entender o “AMOR”.

 

Pequeno leitor!

Neste mês que inicia o novo ano, nossa história fala sobre sentimentos.

O sentimento é um dom que Deus nos deu que nos permite perceber, sentir e avaliar algo. Por exemplo, observando alguém maltratar um cãozinho, sentimos pena do cão, raiva da pessoa que o maltrata e arrependimento se não fizermos nada para ajudar o pequeno animal. Isso depende da nossa sensibilidade em relação ao fato, isto é, da nossa capacidade de sentir.

Bem, naquela ilha moravam vários sentimentos, bons e maus.

O Amor é o mais poderoso dos sentimentos porque é superior a todos os outros.

Por conter dentro dele a bondade, quis ficar mais tempo junto da ilha que se afundava.

Quando viu que não podia mais ficar ali, pediu ajuda aos outros sentimentos que por ali passavam em seus barcos.

A Riqueza negou-lhe ajuda porque seu barco estava repleto de ouro e prata. Isso nos faz lembrar das pessoas que, preocupando-se apenas com valores materiais, dinheiro, joias etc., esquecem-se do Amor, aquele que Jesus ensinou a termos uns pelos outros…

A Vaidade também recusou ajuda alegando que ele molharia seu barco novo. Assim também existem pessoas que, por serem vaidosas de si mesmas e do que possuem, não permitem que outros se aproximem, com medo que lhes causem algum prejuízo…

A Tristeza estava tão preocupada consigo mesma, que não abria espaço para abrigar o Amor, sem perceber o quanto ele poderia ajudá-la.

O mesmo fez a Alegria, que, no seu excessivo contentamento, não teve olhos para ver a aflição do Amor…

Finalmente surge o Tempo e salva o Amor.

Ah! o Tempo! Somente ele é capaz de dobrar e vencer os sentimentos desajustados, com o auxílio do Amor.

Valendo-se do Amor, o Tempo age na vida e no coração das pessoas, transformando-as, ensinando-as, mostrando-lhes, sem pressa, afinal, ele é o senhor das horas, seus erros, seus maus comportamentos, dando-lhes oportunidade de se arrependerem e se modificarem, continuando suas vidas em companhia do Amor.

Examinemos que sentimentos estamos levando em nosso barquinho, navegando pelas águas da vida. Sempre é Tempo de pedirmos ajuda ao Amor, se acaso percebermos algum mau sentimento querendo afundar nosso barco…

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