Numa pequena escola de aldeia, o professor surpreendia seus alunos com a revelação de que no alto de íngreme montanha havia extraordinário tesouro. Tão grande era aquela riqueza, que encheria de felicidade a vida de quem a possuísse.
Os alunos mostravam-se muito interessados em conquistar o precioso tesouro, mas, para tanto, seria necessário escalar a montanha, onde existiam muitos obstáculos e perigos.
Como não estivessem preparados, o mestre, pacientemente, passou a instruí-los, dia após dia, desvendando todos os segredos da difícil escalada.
Não iludiu os aprendizes quanto às dificuldades que encontrariam, mas falou da importância da cooperação entre eles. Ensinou-lhes técnicas de difícil execução, fez inúmeras demonstrações, que bem revelavam todo o seu saber; despediu-se e partiu.
Os aprendizes puseram-se em campo para a conquista do tesouro. Muitos, do sopé da montanha, olhavam desanimados o caminho a percorrer e desistiam. Outros começavam a subida, mas arranhados nas asperezas da caminhada, doloridos, mostravam-se contrariados com os obstáculos a transpor. Alguns, mais perseverantes, punham em prática as lições aprendidas com o mestre e nem irritados nem desanimados, iam vencendo um a um os obstáculos; cada vitória dava-lhes alegria. Nas dificuldades maiores, amparavam-se mutuamente e emprestavam as ferramentas de que dispunham para facilitar a caminhada. Os que iam à frente ensinavam o segredo das suas vitórias aos que estavam mais abaixo. Assim, alguns já haviam alcançado o cume da montanha. Exultavam de alegria. Alcançaram o tesouro inestimável e singular! Todos o compartilhavam, mas ninguém era seu proprietário. Entenderam que a grande felicidade que sentiam era justamente poder compartilhá-lo.
E do alto da montanha, contemplavam os que estavam abaixo, indecisos e sofridos. Resolveram, então, ir ao encontro deles, estender-lhes as mãos e ensinar-lhes novamente as experiências vitoriosas da subida.
Cada um, tomando uma direção retornou confiante ao sopé da montanha para auxiliar seus companheiros.
(Redação do Momento Espírita)
Amiguinho leitor!
Esta história pode ser comparada com a nossa evolução espiritual. Olhe só:
A montanha representa o caminho que devemos percorrer, repletos de desafios e perigos. Essa estrada pode ser comparada à nossa vida, que, desde que nascemos é composta por trechos de felicidade e alegria e outros de aflição e dor, que nos cabem superar. Para isso precisamos de paciência e boa vontade, ânimo e perseverança.
Cada um de nós reage de forma diferente diante da dificuldade, assim como os jovens da nossa história: uns desanimados, outros queixosos à frente dos obstáculos, e outros mais à frente, lutando para vencer; sem contar os vencedores que já alcançaram o tesouro da bondade e da sabedoria.
Quando Jesus veio à Terra ensinou-nos os meios para alcançarmos esse tesouro.
Quase sempre os que atingem esse nível de compreensão (alto da montanha), voltam para desempenhar importantes obras de ajuda às criaturas. Já alcançaram um grau elevado na escala da evolução espiritual.
E nós? Como estamos nos comportando na subida da “montanha”?