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“Da discussão nasce a luz”, afirmam as pessoas interessadas em debates. Mas nem sempre.

“O diálogo facilita o entendimento”, insistem as criaturas afeiçoadas às discórdias. Não, comumente.

Quase sempre, os discutidores fecham-se em “pontos de vista” que não abdicam, produzindo contenda, mais para falarem o que pensam, do que para ouvirem o conceito com o qual não concordam.

Num diálogo, normalmente, as pessoas se exaltam e, quando falecem os argumentos, fazem-se azedas ou agressivas, deseducadas ou raivosas.

Das discussões e diálogos que se repetem, enfadonhamente, ressumam aborrecimentos e partidos, dividindo e fomentando animosidades.

Noutras vezes, é pura perda de tempo, com prejuízo do trabalho.

Para que o diálogo transcorra em alto nível, é necessário que os indivíduos estejam bem informados do assunto em pauta.

A fim de que a discussão se torne proveitosa, faz-se indispensável que os interessados se encontrem honestamente desejosos de aprender e de ensinar.

(…) Quanto possível, resguarda-te das discussões acaloradas e rudes.

Divulga a Doutrina que te estimula e felicita, com tranquilidade.

Ela será examinada pelos ouvintes através do seu conteúdo e não do teu ardor.

(…) Não é importante ganhar contendas, senão conquistar corações para o bem e para o progresso em favor dos quais todos nos devemos empenhar.

 

Joanna de Ângelis in “Roteiro de Libertação”

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