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O rapaz estava ajudando um velho a construir um muro na encosta de um morro.

Já tinham cavado uma vala larga e funda para colocar as grandes pedras do alicerce que deviam sustentar o muro.

O velho era muito exigente na escolha de cada pedra e dos pedaços com que encher os vãos entre as pedras.

A ideia de encher as brechas abaixo da linha do solo irritava o rapaz.

─ Quem vai saber se esses espaços estão cheios? perguntou o rapaz.

O espanto do velho foi genuíno quando, a olhar o rapaz por cima dos óculos, disse:

─ Ora essa!… Eu saberei… e você também

Hayda Pearson

 

 

Pequeno leitor!

Aí está a grande lição!

Quase tudo que fazemos é realizado com a preocupação de que alguém veja e critique o nosso serviço. Por causa disso procuramos realizar o melhor.

Mas quando ninguém vê o nosso feito, deixamos de nos preocupar com a qualidade da obra. Esse não é um bom comportamento.

Tudo o que realizamos, seja algo simples ou trabalhoso – como por exemplo, o serviço do menino – deve passar pelo crivo da nossa consciência. Não é porque ficará oculto aos olhos alheios, que devemos relaxar no serviço. Agir dessa forma denota pouco caso e preguiça pela obra a realizar. Devemos cumprir o dever, a obrigação, ainda que ninguém veja. Fazer o que é certo independente de que outros saibam. Sua consciência sabe se agiu bem ou mal.

Justamente porque “ninguém vê” é que certos prédios são construídos com material inferior e em breve tempo tombam ao chão. Os responsáveis, com certeza, estavam mais preocupados em ganhar dinheiro do que com a segurança da construção… É um problema de consciência, de caráter.

O menino de nossa história, com certeza, estava já cansado de ajudar o homem a colocar as pedras, por isso soltou logo um “quem vai saber”?

A resposta do homem foi a grande lição de moral: “Eu saberei… e você também”.

Nos dias de hoje somos muito enganados na compra de objetos, utensílios, roupas, brinquedos que nos são vendidos com garantia de qualidade, e no entanto não funcionam como deveriam. Certamente, quem os fabricou deve ter pensado como o menino: “Quem vai saber”? Ora, além dos fabricantes, Deus sabe!

E tão sábias são as Suas Leis, que, no momento oportuno, a Lei do Retorno atingirá aqueles que enganaram.

Tenhamos sempre em mente: o bom ou mau resultado de uma obra identifica seu autor.

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