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No amontoado de problemas espirituais que integram o quadro de preocupações do discípulo, destacamos o fenômeno palavroso, como dos mais importantes ao seu bem-estar.

A contenda verbal tem o seu lado útil ou o seu objetivo elevado, no entanto, é preciso considerar, antes de tudo, sua verdadeira finalidade.

Discussões a esmo são ventanias destruidoras. Quando alguém delibere romper o silêncio é indispensável examinar o caráter dessa atitude.

Naturalmente não estamos falando para o homem vulgar, empenhado em críticas a todas as criaturas e coisas do caminho comum, olvidando a si mesmo, mas para o discípulo de boa e sincera intenção.

A inferioridade com seus tentáculos numerosos convida insistentemente aos atritos, todavia, o aprendiz fiel deve conservar-se vigilante, em seu posto, sob pena de ser inscrito como servo relapso, indigno da tarefa.

Surgirão, como é justo, horas de esclarecimento, dilatando as luzes espirituais nas sendas retas, contudo, quando se verifique um desafio à discussão, convém meditar gravemente no assunto, antes de se atirar ao duelo das palavras. Não haverá recurso fora dos elementos de sensacionalismo? Não será falsa piedade, mascarando a causa do ganho?

Nem sempre esse ganho é o dinheiro; pode ser também prepotência de opinião, sectarismo, vaidade.

Um homem na sua tarefa de realização com Deus, do trabalho mais simples ao mais complicado, pode estar certo de que está no lugar próprio, atendendo à Vontade do Senhor que ali o colocou sabiamente; mas quando se ponha em contendas, ninguém, nem ele mesmo, pode saber até onde irá e quanto carvão será depositado em sua alma, após o grande incêndio.

 

Emmanuel in “Sentinelas da Luz”

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