Era uma vez uma aranha que gostava de criar armadilhas
fantásticas, e que construiu sua teia entre os galhos de
uma árvore.
Depois, ela se escondeu embaixo, bem escondidinha,
e ficou só vigiando.
Veio voando uma borboleta e – chiii! – ficou presa na teia da aranha,
que riu a valer.
Aí, um grilo que vinha pulando muito alegre, não viu a teia delicada
da aranha e – chiii! – ficou preso nela.
A aranha deu pulinhos de alegria, mas continuou esperando sua teia
ficar cheia de bichinhos.
Então, veio um besouro…
… e uma baratinha…
… e uma abelha…
Todos ficaram grudados na teia.
A teia ficou pesada, depois, muito pesada, e, enfim, ficou pesadíssima.
O peso era tanto que ela começou a balançar, até que o galhinho quebrou
e ela desabou na cabeça da aranha.
Assim, todos os bichinhos conseguiram se libertar e foram embora.
Acho que foi quando a aranha conseguiu se levantar, ainda com dor
de cabeça, que ela deve ter inventado aquele ditado:
“Quem tudo quer nada tem”.
Por isso, ela desistiu de caçadas mirabolantes e resolveu usar sua habilidade
e imaginação em arquitetura e design de teias.