Renovar significa refazer, tornar novo, mudar para melhor, inovar, reinventar. Em função disso, “renovar” significa rever conceitos, atitudes, comportamentos, posturas e ações com que já estamos acostumados e com as quais, muitas vezes, não estamos dispostos a “negociar” uma mudança, se não total pelo menos parcial. Isso, raciocinando num ponto de vista material da existência.
A coisa se complica de fato quando essa renovação visa mexer nos nossos valores morais. Aí, o “sacrifício” será muito maior. Pois muitas vezes nos leva a uma aparente “perda” de valores que tínhamos como verdades e dos quais até mesmo nos nutríamos. Significa, na maioria dos casos, uma mudança tão profunda, que até nós mesmos estranhamos o quanto diferentes ficamos.
Logo, essa perda aparente do início se transforma em ganho de uma vida melhor, mais equilibrada, objetiva e consistente. Apoiada em valores reais, que não se modificam com as nuanças do tempo e das circunstâncias.
Quando essa renovação tem por base uma religião com origem nos ensinos de Jesus, e sua aplicabilidade passa pela prática do Evangelho na sua maior pureza, já não são mais capazes de perturbar a tranquilidade do Ser como antes, sejam quais forem. Pois a sua estabilidade moral está intimamente ligada ao conhecimento da vida e do que Jesus espera de nós.
Até o sofrer ganha nova forma dentro de uma resignação, não comodista, mas compromissada com as Leis Naturais de causa e efeito – ação e reação –, mostrando que nada passa impune à Justiça Divina.
A renovação, quando efetivada de fato, torna-se irreversível, dando uma tranquilidade definitiva naquele que a possui. E como Paulo de Tarso, aquele que se renovou, colocando Jesus dentro do seu coração, poderá finalmente dizer: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas, 2:20)
Como consequência natural, essa renovação leva o Ser a tornar-se um homem de bem, que cumpre a Lei de Justiça, de Amor e de Caridade na sua maior pureza, de acordo com a questão 918 de O Livro dos Espíritos e com o capítulo XVII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, que trata de “O homem de bem”.
Quando isso estiver acontecendo, na maior parte da Humanidade terrena, e o mal for tão insignificante no contexto social, que se torne desprezível nas estatísticas comportamentais do homem, aí sim, teremos o nosso Planeta Terra transformado pela prática do amor ao próximo e respeito às Leis de Deus.
Robinson Soares Pereira