Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vaga-lume que vivia brilhando pelas redondezas. Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Depois de vários dias de perseguição, já esgotado, o vaga-lume parou e disse à cobra:
─ Posso fazer-lhe três perguntas?
─ Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que não pode mais fugir de mim, pode perguntar…
─ Pertenço a sua cadeia alimentar ?
─ Não.
─ Eu fiz alguma coisa a você?
─ Não.
─ Então por que você quer devorar-me?
─ Porque não suporto ver você brilhar…
(As mais belas parábolas de todos os tempos – vol. 1, Alexandre Rangel)
Pequeno leitor,
Novamente uma fábula vem nos fazer refletir sobre o comportamenteo humano.
Utilizando-se de uma cobra e um vaga-lume, o autor da historieta chama nossa atenção para a inveja.
O pequeno vaga-lume, tão insignificante em tamanho, comparado ao da cobra, possuía algo que ela, embora bem maior que ele, não possuía: luz!
Isso despertou naquele réptil uma enorme inveja. Por que ela não brilhava como ele? Sendo isso impossível de acontecer, resolveu destruí-lo.
É… a luz incomoda muito aos que não a possuem. Como devemos entendê-la em se tratando de seres humanos?
Jesus, certa vez, disse às pessoas que O cercavam: “Brilhe a vossa luz”!
Será que Ele se referira à mesma que possui o vaga-lume? Claro que não!
O grande Mestre quis, em assim dizendo, nos ensinar que todos temos uma “luz” (qualidades, virtudes) em nosso interior, isto é, todos somos portadores de bondade, que pode se manifestar através da paciência com aqueles que nos irritam; da compreensão com os erros alheios; do perdão quando somos insultados; da esmola àquele que nada tem; de transmitir uma palavra amiga aos que estão tristes; enfim, fazer algo de bom aos que necessitam de algum tipo de ajuda.
Quem assim age está fazendo brilhar a sua “luz” interior.
Entretanto, aquele que deixa apagado o candeeiro de seu coração, a exemplo da cobra, passa a cultivar maus comportamentos e sentir inveja daqueles que possuem o brilho das virtudes.
A luz incomodava a cobra porque a fazia enxergar sua própria escuridão.
Se você cultiva ainda, algum rancor, mágoa em relação a um colega, perdoe. Se pode ofertar um agasalho a quem tem frio, faça-o. Se não ajuda a mamãe nas pequenas tarefas, comece a colaborar; se tem o hábito de mentir, sinta o prazer de falar só a verdade, mesmo que lhe traga algum sofrimento. Em pouco tempo você verá que todos perceberão sua transformação.
Verão isso pela “luz” que começará a irradiar, qual o pequeno vaga-lume.
Estude o Evangelho de Jesus e entenderá porque Ele disse: “Vós sois a luz do mundo”!