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Viajores que somos na estrada da vida, ora direcionamos os passos pelos campos da matéria, ora seguimos os rumos que a nossa evolução permite, nos planos espirituais.

Encarnados ou desencarnados, somos sujeitos a experiências que, se bem sucedidas, nos elevam o Espírito.

Essa ascensão ocorre à medida que o Reino de Deus que vige em nosso interior, elimina pouco a pouco o lado sombra que caracteriza nossa personalidade. De forma mais clara: conforme desenvolvemos virtudes (Reino de Deus) que se encontram em estado latente, perdem força os caracteres negativos que ainda conservamos em nosso poder.

Esse crescer íntimo envolve responsabilidade que se traduz por compromissos relevantes, os quais, devidamente cumpridos, mais rápido nos fazem alcançar a condição de Espírito puro.

De que espécie de compromissos estamos falando?

Obviamente, dos que correspondem à necessidade de superação das experiências negativas, reclamando ajustes através de provas ou expiações de modo a nos colocar de volta aos imperativos da Lei. É uma forma de frear as imperfeições morais que nos dominam, ensejando-nos construir um caráter remodelado no bem.

Enquanto no Plano Espiritual aguardamos nova oportunidade reencarnatória, preparamo-nos devidamente para a aceitação dos testes que nos reabilitarão perante Deus, e, claro, em função da gravidade de nossos cometimentos infelizes, as novas oportunidades terão conotações dolorosas que deveremos enfrentar e superar.

Temos visto nas obras de André Luiz, em várias ocasiões, o desempenho de abnegados instrutores, no que se refere ao preparo do Espírito recalcitrante, para que não mais venha a reincidir no erro tantas vezes repetido. Desse modo, cheios de esperanças aportam no cenário terrestre os transgressores arrependidos, que somos todos nós.

Todavia, não podemos esquecer de que ao voltarmos, trazemos conosco as tendências mórbidas que deverão passar pela catarse da purificação.

De um lado, temos ínsito nos refolhos da alma, o compromisso de lutar contra os maus impulsos; de outro, as ilusões e prazeres que, se aceitos sem restrições, nos afastam da responsabilidade assumida no além.

Em geral, os chamamentos de ordem física, dos quais somos velhos conhecidos, acabam por nos distanciar das obrigações que deveríamos atender com empenho e determinação em prol da evolução espiritual.

Esse é o momento crítico da reencarnação de cada um, pois, as forças contrárias ao bem, as entidades desencarnadas que objetivam engrossar as fileiras do mal, valem-se de nossa fragilidade frente ao comprometimento com o mais Alto, aproximam-se e exercem uma espécie de hipnose que nos induz a fazer o que não estava no programa.

Sem dúvida, elas só conseguem êxito quando encontram o campo mental do encarnado em sintonia com o seu.

Desenha-se, então, a paisagem do fracasso, e, lamentavelmente, não são poucos os que enveredam por esse atalho.

Convém, a cada pouco, examinarmos mais detidamente, a nossa folha de serviço no tempo de agora e analisarmos com mais atenção e cuidado os pontos fracos de que necessitamos reparar.

Alguns enfoques são básicos. O primeiro deles é disciplinar a vontade. Há coisas que por mais nos pareçam agradáveis, temos consciência de que não nos fazem bem física ou espiritualmente. Difícil resistir? Certamente! Entretanto, são um convite ao exercício da renúncia, ainda que em pequenas doses, para que se alcance a abnegação e prática do bem.

Essa disciplina nos levará a selecionar criteriosamente o que nos convém: algo como separar o joio do trigo.

Essa seleção não significa isolamento da sociedade, pois necessitamos do próximo tanto quanto ele necessita de nós.

Tenhamos em mente, sempre, que a vida nos faculta meios para cumprir nossas obrigações com responsabilidade, porque foram assumidas antes de reencarnarmos. Tais compromissos não se inclinam somente aos prazeres e alegrias, mas, e principalmente, visando o sacrifício pessoal e a prática da fraternidade.

Se hoje sofremos algum tipo de inibição, certamente teve sua origem nos abusos do ontem, o que nos reforça o dever de sanar o comportamento vicioso, de modo a não termos de enfrentar consequências mais sérias em tempo futuro.

Ainda que estagiando num corpo de carne, voltemos os pensamentos para a vida imortal, porque somente ela nos fará fruir a verdadeira felicidade, quando atingirmos os requisitos necessários para isso.

Simples, assim!

Yvone

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